terça-feira, 26 de maio de 2009

Separados pelo amadurecimento... Ou não!


Sabem aqueles momentos em que nos pegamos observando o outro e começamos a viajar em milhões de pensamentos? Foi assim que essa postagem surgiu...

Estava no corredor de um shopping (no mesmo passeio que comentei abaixo, na postagem sobre as babás) observando uma família judia passeando com sua filha, ainda de mãos dadas ao pai por não conseguir andar sozinha... Do outro lado do corredor vinha uma família negra, com outra criança provavelmente de idade similar à da familia judia... E bastou um pouco de atenção para que minha cabeça entrasse em um turbilhão de pensamentos... Ambas as famílias se cruzaram, como já era previsto, e então uma cena especial: a menina branquinha, da familia judia, correu no carrinho da criança negra e começou a acariciá-la... Meus olhos ficaram mareados, confesso. Mas não demorou muito para os pais as separarem... assim como a sociedade tratou de fazer com suas famílias.


E agora, onde tudo isso começou?

Quando crianças nós trabalhamos naquilo que temos de mais puro em nós, no humano... E, com o amadurecimento, ou não, emburrecemos... É isso? Para mim a única explicação... E vejam quem os separou! Os judeus e os negros! Justamente aqueles que sofreram tanto no passado com o nazismo e escravidão!


E desde então formamos nossos "bandos", nossos grupos sociais...
Talvez mais próximos se não tivessemos passado por tantas histórias...
Talvez mais próximos se esquecermos as tais histórias, do passado.

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Publicidade pode ter cunho social?


A publicidade pode mesmo ter algum cunho social?


Desconsiderando o trabalho feito por ONGs responsáveis e corretas, é uma pergunta que eu me faço há muitos anos. Como publicitário, sempre tive a impressão (real) de que meu trabalho movimenta puramente o capitalismo, impossibilitando qualquer trabalho realmente humano... um trabalho além do dinheiro.

Algumas empresas vem fazendo tentativas (como vimos o caso da Fábrica de Bicicletas, em uma postagem anterior, da Cadbury), mas ainda sim sabemos que existe um interesse de marca e, consequentemente, capialista... No entanto, lembrando que o mundo está bem longe de ser "colorido", que as pessoas estão bem longe de serem puramente humanas e que nada muda do dia para a noite, tenho começado a ficar realmente feliz com algumas ações mais, digamos, generosas.

E aqui está mais uma... A Tide, marca americana de sabão em pó, promove em diversas cidades dos EUA afetadas por catástrofes naturais lavagens gratuitas de roupas para os habitantes. Muitos deles perderam diversos eletrodomésticos e podem contar com a marca para ajudá-los nesse momento.

Claro que há intenção de promover a marca, mídia e etc.
Mas se for para gastar dinheiro com campanhas, que seja promovendo algum bem!
...Sempre que possível, claro...

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Troca de lugares... A babá e a mãe


No último domingo eu resolvi almoçar em um shopping de SP com duas amigas. Chegamos relativamente cedo e, por isso, passeamos um pouco antes de sentar para comer. Foi quando, aos poucos, notei que uma situação repetida estava me incomodando muito! E quando digo repetida me refiro a dezenas de vezes, sem exageros, no mínimo.

Alguém já reparou na quantidade de casais com apenas 1 filho que andam com suas babás nos shoppings? Além disso, que os pais normalmente andam a frente e a babá, toda de branco (claro, na nossa sociedade temos que evidenciar a hierarquia sempre...), anda com a criança logo atrás... SIM! Isso mesmo! A babá com a criança! Não tem alguma coisa errada ai?

Eu entendo que os casais de classe média-alta (que são os que podem contratar as dedicadas babás) trabalham muito durante a semana, mas não seria justamente no final de semana o momento de se dedicar um pouco aos filhos? Criar e estreitar os laços da família... Certo? Mas pelo jeito não é tão claro assim... E, para confirmar a minha indignação, uma mesma criança que estava sorrindo no colo da babá começa a chorar quando vai para o colo da mãe.... SIM, eu presenciei! E uma pessoa que estava comigo complementou (sem saber que eu estava olhando): "Claro, ela nem sabe quem é a mãe...".

Então, se algum leitor do meu blog fez esse tipo de coisa, eu peço primeiramente desculpas pela forma "dura" de falar, mas que também repensem e reflitam verdadeiramente sobre os laços da família... eles são criados por algo muito maior do que a genética do sangue...
E tenham certeza que, assim como na minha família (que é maravilhosa, tenho que dizer), a proximidade e amor dos pais fazem TODA a diferença.


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